sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Para pensar......

Imagino que estou a visitar o templo de Jerusalém e chega Jesus (João, 2-13). Já me habituei à presença dos cambistas de moeda e aos vendedores que têm cordeiros, ovelhas e pombas para oferecer aos crentes fazerem as suas oferendas. A fúria de Jesus sobressalta-me e incomoda-me. Pergunto-me: "Estas pessoas estão a oferecer um serviço e merecem ganhar o seu dinheiro". O problema é que o comércio, quando encontra um tipo de procura, tende a crescer, crescer, ao ponto de um templo, lugar de oração, acabar por se converter numa espécie de mercado. Esta é a casa de Deus e quando o dinheiro começa a entrar, tende a dominar tudo. Jesus tinha que conter esta tendência e defender a santidade do tempo.

Será que isto acontece na minha vida, Senhor? Será que ainda restam sacramentos intocados pela comercialização? Crescemos habituados às lojas de lembranças em Fátima; aos organizadores das festas de casamento e de primeiras comunhões. Achamos normal que haja festas de baptizado, que se dêem presentes nas primeiras comunhões, que haja listas de casamento... Estas ocasiões são para sentirmos o toque de Deus em momentos chave da nossa vida; mas será que Deus se consegue fazer ouvir entre o tilintar das moedas?



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