Car@s Amig@s:
Por aqui tudo bem, eu estou bem, cheguei há cerca de mês e meio e encontrei uma realidade de um país onde o dia-a-dia não tem nada a ver com a nossa Europa. Devo dizer que levará tempo a adaptar-me… A começar pela internet, aqui há que ter muita paciência porque a banda é bem estreita (torna-se muito difícil usar a net, mas nada de impossível) pouco a pouco vou a prendendo a ter paciência com isto.
Quanto ao país, é um país muito bonito, tive oportunidade, enquanto esperava que começasse o curso da língua, de conhecer algumas missões, especialmente no sul do país. É de facto um país muito lindo, a gente é muito simpática, os sorrisos das pessoas são algo de esplêndido.
Eu estou em Addis Abeba, a capital do país que e uma espécie de “selva”. Viver nesta cidade é uma aventura. Há sempre gente aos montes de um lado para o outro, carros, cabras, ovelhas, burros, é uma confusão total…pedintes aos montes, gente que vende, crianças que apregoam de tudo, todos aproveitam para vender qualquer coisa, contando de poder ganhar uns patacos para sobreviver mais um dia, engraxadores de sapatos aos montes… é um movimento impressionante! Depois, a juntar-se a isto lixo por todo o lado, pó…fumo dos carros e autocarros, táxis, apitadelas por todo o lado…a sorte (para já porque estamos na época das chuvas) é que caem uns chuveiros fortes durante uma ou 2 horas e limpa tudo…escusado será dizer que as estradas tornam-se rios de água porque os escoamentos do saneamento estão completamente entupidos com lixo. Eu cá vou vivendo no meio desta selva e o interessante é que sobrevivo!!e muito fixe, tantas coisas para mim são novas,…os carros daqui são velhíssimos…tantos a cair aos bocados… carros que existiam em Portugal, e na Europa sem erros há uns 30 anos, alguns eu ainda me lembro deles, mas outros não, e aqui rolam…isto num certo ponto de vista é fixe… Depois, o facto de ser branco, que por aqui é uma raridade, parece que atrai ainda mais os pedintes…`as vezes sinto a impotência de não saber dizer-lhes nada na língua deles, ao mesmo tempo uma certa raiva por esta situação ser tantas vezes alimentada por uma estruturas religiosas, especialmente os ortodoxos e os muçulmanos.
O meu dia-a-dia tem sido voltar `a escola primária propriamente dita, comecei há três semanas o curso de Amárico, a língua nacional da Etiópia. A começar pelo alfabeto e completamente diferente, e algo entre o hebraico e o árabe, podes imaginar o que seja. Não é nada simples, para mim tem sido um teste de paciência, ter que aprender a ter paciência comigo próprio e dar-me conta de que nem sempre a coisa vai bem. Na turma somo 11, quase todos religiosos, 2 deles são leigos a prepararem-se para a missão aqui na Etiópia. Somos uma equipa porreira…Três horas por dia!
O resto do tempo passo por aqui por casa a estudar, a tratar dos documentos, que aqui é uma via-sacra, andar de Anás para Caifás, pagar aqui e ali e ao fim não conseguir nada, é assim na Etiópia!
E assim é a vida do missionário, aprender de novo, mas sei que esta é uma situação passageira e necessária para entrar na cultura… As duas semanas que passei nalgumas das nossas missões foram esplêndidas, conheci nova gente, confrades que não conhecia, revi outros que já conheci antes, meus antigos colegas em Roma. Para teres uma ideia, mais ou menos, a diocese (que é vicariato) de Awassa, no Sul, em extenso maior do que Portugal inteiro, tem cerca de 7 milhões de habitantes e os católicos são cerca de 183.312. Tem 14 padres diocesanos e 17 Institutos religiosos… Falamos depois de comunidades cristãs muito distantes umas das outras, onde as estradas não existe, há algumas em terra batida, nalgumas capelas pode-se chegar ou a pé ou a cavalo…é uma realidade que …só visto! Para teres uma ideia, o “palácio” episcopal é uma salita eu deve ter uns três metros de comprido por 2 de largo! Assim é por estas bandas…
Abraço amigo,
Quim, mccj
Por aqui tudo bem, eu estou bem, cheguei há cerca de mês e meio e encontrei uma realidade de um país onde o dia-a-dia não tem nada a ver com a nossa Europa. Devo dizer que levará tempo a adaptar-me… A começar pela internet, aqui há que ter muita paciência porque a banda é bem estreita (torna-se muito difícil usar a net, mas nada de impossível) pouco a pouco vou a prendendo a ter paciência com isto.
Quanto ao país, é um país muito bonito, tive oportunidade, enquanto esperava que começasse o curso da língua, de conhecer algumas missões, especialmente no sul do país. É de facto um país muito lindo, a gente é muito simpática, os sorrisos das pessoas são algo de esplêndido.
Eu estou em Addis Abeba, a capital do país que e uma espécie de “selva”. Viver nesta cidade é uma aventura. Há sempre gente aos montes de um lado para o outro, carros, cabras, ovelhas, burros, é uma confusão total…pedintes aos montes, gente que vende, crianças que apregoam de tudo, todos aproveitam para vender qualquer coisa, contando de poder ganhar uns patacos para sobreviver mais um dia, engraxadores de sapatos aos montes… é um movimento impressionante! Depois, a juntar-se a isto lixo por todo o lado, pó…fumo dos carros e autocarros, táxis, apitadelas por todo o lado…a sorte (para já porque estamos na época das chuvas) é que caem uns chuveiros fortes durante uma ou 2 horas e limpa tudo…escusado será dizer que as estradas tornam-se rios de água porque os escoamentos do saneamento estão completamente entupidos com lixo. Eu cá vou vivendo no meio desta selva e o interessante é que sobrevivo!!e muito fixe, tantas coisas para mim são novas,…os carros daqui são velhíssimos…tantos a cair aos bocados… carros que existiam em Portugal, e na Europa sem erros há uns 30 anos, alguns eu ainda me lembro deles, mas outros não, e aqui rolam…isto num certo ponto de vista é fixe… Depois, o facto de ser branco, que por aqui é uma raridade, parece que atrai ainda mais os pedintes…`as vezes sinto a impotência de não saber dizer-lhes nada na língua deles, ao mesmo tempo uma certa raiva por esta situação ser tantas vezes alimentada por uma estruturas religiosas, especialmente os ortodoxos e os muçulmanos.
O meu dia-a-dia tem sido voltar `a escola primária propriamente dita, comecei há três semanas o curso de Amárico, a língua nacional da Etiópia. A começar pelo alfabeto e completamente diferente, e algo entre o hebraico e o árabe, podes imaginar o que seja. Não é nada simples, para mim tem sido um teste de paciência, ter que aprender a ter paciência comigo próprio e dar-me conta de que nem sempre a coisa vai bem. Na turma somo 11, quase todos religiosos, 2 deles são leigos a prepararem-se para a missão aqui na Etiópia. Somos uma equipa porreira…Três horas por dia!
O resto do tempo passo por aqui por casa a estudar, a tratar dos documentos, que aqui é uma via-sacra, andar de Anás para Caifás, pagar aqui e ali e ao fim não conseguir nada, é assim na Etiópia!
E assim é a vida do missionário, aprender de novo, mas sei que esta é uma situação passageira e necessária para entrar na cultura… As duas semanas que passei nalgumas das nossas missões foram esplêndidas, conheci nova gente, confrades que não conhecia, revi outros que já conheci antes, meus antigos colegas em Roma. Para teres uma ideia, mais ou menos, a diocese (que é vicariato) de Awassa, no Sul, em extenso maior do que Portugal inteiro, tem cerca de 7 milhões de habitantes e os católicos são cerca de 183.312. Tem 14 padres diocesanos e 17 Institutos religiosos… Falamos depois de comunidades cristãs muito distantes umas das outras, onde as estradas não existe, há algumas em terra batida, nalgumas capelas pode-se chegar ou a pé ou a cavalo…é uma realidade que …só visto! Para teres uma ideia, o “palácio” episcopal é uma salita eu deve ter uns três metros de comprido por 2 de largo! Assim é por estas bandas…
Abraço amigo,
Quim, mccj
2 comentários:
Olá... Você ainda está em Etiópia? Poderíamos conversar? parto para lá e 15 dias! (marialigiaconti@gmail.com - Brasil)
Olá... Você ainda está em Etiópia? Poderíamos conversar? parto para lá e 15 dias! (marialigiaconti@gmail.com - Brasil)
Enviar um comentário