segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

As três árvores

As três árvores
Na colina de um bosque achavam-se três arbustos, que cresciam em direcção ao sol e conversavam sobre os seus sonhos e aspirações.
O primeiro arbusto olhou para as estrelas e disse: “Sonho em ser um cofre para guardar tesouros: ouro, prata e pedras preciosas.”
O segundo queria ser uma poderosa embarcação, transportar reis e grandes personalidades através dos mares.
“Pois eu – disse o terceiro arbusto – desejo crescer e ser a mais rectilínea e a mais alta de todas as árvores do bosque, de modo que todos quantos me vejam no alto desta colina pensem em Deus. Quero ser a maior árvore de todos os tempos e estar sempre na memória dos homens.”
Ao longo de muitos anos, choveu, o sol brilhou e as três árvores cresceram. Um dia, três lenhadores subiram ao cume da colina. Ao olhar para a primeira delas, um deles disse: “que árvore formosa, esta!” e cortou-a para vender a madeira a um carpinteiro. A árvore ficou feliz pois sabia que o carpinteiro podia converte-la num cofre de tesouros.
Outro lenhador analisou a segunda árvore e disse: “esta árvore é muito forte; é perfeita para mim! Vou vende-la ao carpinteiro do porto.” E a segunda também ficou feliz ao ver que estava a caminho de se transformar numa poderosa embarcação. A terceira, porém, entristeceu-se quando o ultimo lenhador dela se aproximou, pois sabia que, se a cortasse, o sonho nunca se tornaria realidade.
A primeira árvore foi convertida numa manjedoura e posta num estábulo onde o gado ia comer. Sentiu-se mal, pois era o contrário do que havia sonhado.
A segunda foi transformada numa insignificante embarcação, tão pequena que não podia navegar em alto mar. Triste fim dum sonho grandioso.
A terceira foi serrada em pesadas pranchas e guardada num depósito.
Passaram-se os anos. Um dia abrigaram-se no estábulo um homem e uma mulher de sublime aspecto. Ela deu à luz um menino resplendente de formosura e colocou-O na manjedoura feita da primeira árvore. Esta, então, rejubilou-se ao saber que estava a suportar o menino Jesus, o maior tesouro da História.
Anos depois, alguns pescadores navegavam na barca construída com a segunda árvore. De repente, uma forte tempestade pôs em perigo a vida dos navegantes. Mas um dele levantou-se e disse: “Acalma-te” , e a tormenta cessou imediatamente; nesse momento, a segunda árvore estremeceu de alegria, ao perceber que transportava Jesus Cristo, Rei dos Reis.
Algum tempo depois, num triste Sexta-feira, um homem de semblante divino tomou as pranchas da terceira árvore, carregou-as pelas ruas, enquanto pessoas más o insultavam e o espancavam. Deteve-se no alto duma pequena colina, onde foi cravado nas pranchas e nelas morreu. Quando chegou o Domingo, a árvore deu-se conta de que, erguida no cimo da colina, esteve tão próxima de Deus como nunca, porque Jesus nela havia sido crucificado.

Mesmo quando tudo parecer contrariar as tuas melhores esperanças, não te esqueças de que Deus tem um plano para ti. Põe n’Ele a tua confiança. Recorda-te de que cada árvore viu superiormente realizada a sua boa aspiração, embora de modo bem diferente do que imaginara.

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